Arqueologia Local - Visita ao Museu Cláudio Oscar Becker
O Museu Cláudio Oscar Becker se localiza na cidade de Ivoti/RS, em um Núcleo de Casas Enxaimel tombadas como patrimônio histórico em 2004.
O município foi colonizado por imigrantes alemães, por volta de 1826, que se estabeleceram às margens do Arroio Feitoria. E o museu procura manter preservados, móveis e utensílios utilizados pelas famílias de imigrantes.
Adentrar os cômodos da casa nos faz sentir com em uma viagem no tempo.
1. Fachada do Museu Cláudio Oscar Becker – Foto: Vanessa M. Bordoni
Como o museu da minha cidade, Portão/RS, está fechado, escolhi ir a Ivoti/RS por ser uma cidade que me encanta.
Imaginei que seria um desafio fazer relação com a comunicação, uma vez que o museu é pequeno e retrata os hábitos de vida dos colonos imigrantes. Mas logo na sala principal já encontrei equipamentos que nos remetem aos primórdios da comunicação, como:
1. Rádios:
Existem dois exemplares de rádios de madeira no museu. Veículo de comunicação massiva que aparece após o jornal escrito e antes da invenção da televisão.
2. Rádio da década de 60 – Foto: Vanessa M. Bordoni
3. Rádio em formato de móvel com toca-discos – Foto: Vanessa M. Bordoni
2. Máquina de Escrever:
Equipamento utilizado para datilografia de documentos em papel.
4. Máquina de Escrever – Foto: Vanessa M. Bordoni
3. Educação:
Carteiras escolares utilizadas nas escolas em meados de 1900.
Por que relaciono esta imagem com a comunicação?
Porque analisando a história da evolução da comunicação humana, percebemos o quanto ela nos proporcionou avanços intelectuais importantes. Sem a educação, que transmite o conhecimento de uma geração para outra, que nos permite significar e contextualizar as nossas percepções de mundo, toda a simbologia da escrita seria vaga e sem sentido.
As escolas representam a inclusão das pessoas comuns no universo cultural antes restrito a membros da nobreza e do clero.
5. Carteiras escolares de meados de 1900 – Foto: Vanessa M. Bordoni
4. Idioma:
Encontrei registros do idioma original dos colonizadores, o alemão. Assim como escutei grupos de habitantes conversando em alemão, nas ruas, durante a minha visita.
Percebo que os imigrantes alemães mantiveram vivo o seu idioma nativo, mesmo tendo que aprender português na sua chegada ao Brasil. Lá se vão quase 200 anos de imigração e os descentes continuam utilizando seu idioma natal com fluência.
6. Livro escrito em alemão – Foto: Vanessa M. Bordoni
E como registro final, deixo a selfie tirada em frente ao museu e o sentimento de ternura e gratidão que me invadiu após essa visita. Gratidão por tudo o que nossos antepassados viveram, e pelo legado que contribuiu na construção do nosso tempo presente.
7. Selfie na fachada do Museu
Disciplina: História dos Meios e das Carreiras de Comunicação - 2017/1 - Unisinos
Professora: Erica Hiwatashi
Tutora: Cristiane Kessler de Oliveira