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No Meu Tempo das Cavernas

Lá, no meu tempo das cavernas, as pessoas agiam por impulsos, instintos eram a única forma de motivação. Instintos biológicos determinavam a hora de comer, dormir, disputar o alimento, o espaço, enfim.

Porém, no meu tempo das cavernas, eu não estava sozinha, existiam outras pessoas semelhantes a mim, só que elas não pareciam se importar muito com isso. As pessoas estavam ali, de uma certa forma contribuíam umas com as outras para se alimentar, procriar, se proteger de outros predadores. Mas ao mesmo tempo, as ações de cada um era visando satisfazer suas próprias necessidades.

Eu ficava a observar, e olhava para aqueles outros seres com curiosidade. Eles emitiam sons, tinham diferentes expressões no rosto e mudavam a postura de seu corpo conforme o momento.

Certo dia, ao tomar água no lago, vi meu reflexo com nitidez na água, e vislumbrei detalhes, pela primeira vez. Fiquei um longo tempo me observando e percebi que eu não era igual aos demais. Então, que coisa estranha!?! O que eu era? O que eram eles?

Dúvidas começaram a povoar os pensamentos, tentativas de definir, necessidade de compreender. E aquele turbilhão que, mal sabia eu, eram sentimentos dos mais diversos, me levaram a um ponto em que não conseguia mais guardar aquilo tudo dentro de mim. Era limitado demais, eu precisava expandir, jogar tudo ao vento. Então eu corri, dancei entre as folhas que caiam, rolei na relva em um frenesi qualquer, pouco importava o que eu era, eu apenas precisava expressar.

Depois que o cansaço aquietou meus movimentos, que a respiração ofegante me fez conter-se, percebi manchas no meu corpo, causadas por frutinhas vermelhas do chão. Foi então que mais uma necessidade intrigante dominou meus pensamentos, corri até a caverna com as mãos cheias de frutinhas. Os outros, homens e mulheres, pararam o que estavam fazendo para me observar, e expressaram reações das mais variadas, pois aquilo não era algo comum.

Entre espanto e euforia cada qual pegou algumas frutas e registrou suas próprias impressões. Surgiram assim, desenhos nas paredes da caverna, e novos materiais foram sendo incorporados ao processo.

Aos poucos, a produção coletiva possibilitou a nós, seres do meu tempo das cavernas, dar sentido aos pensamentos, expressar e interpretar o outro, em um lindo processo de consciência de si e dos demais. A expressão individual passou a estabelecer uma interação cada vez maior entre os membros do grupo e representou a possibilidade de 'sair de si' e ver o mundo pelo olhar do outro.

A comunicação, num processo de constante evolução, mostrou-se ser a mágica porta para os novos tempos.


 

Disciplina: História dos Meios e das Carreiras de Comunicação - 2017/1 - Unisinos

Professora: Erica Hiwatashi

Tutora: Cristiane Kessler de Oliveira

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